sábado, 15 de março de 2014

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Alerta Total: Investidores já reclamam que “aparelhamento petist...: Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net “Um Supremo Tribunal Federal, aparelhado p...

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

sábado, 8 de junho de 2013

domingo, 20 de março de 2011

PRÓSTATA DE SUAS COMPLICAÇÕES


 PROSTATA E SUAS COMPLICAÇÕES
Perguntas Frequentes 
(FAQs) Frequently Asked Questions

APÓS AS  (FAQs) VOCÊ PODERÁ LER E VER MAIORES DETALHES

Onde se localiza a próstata e qual sua função?
A próstata é uma glândula do aparelho genital masculino localizada perto da abertura da bexiga. É do tamanho de uma noz e sua fun­ção principal é secretar o líquido que forma a maior parte do líquido seminal.

Quais as principais doenças da próstata?
Infecções (prostatite); aumento da glândula associado à velhice (hipertrofia benigna);
câncer.

Como se examina a próstata?
Pelo toque retal; pelo exame cistoscópico.

Como a infecção alcança a próstata?
a) Por contaminação externa, pela uretra;
b) por bactérias levadas pela corrente sanguínea.

Quais as bactérias que infectam a próstata?
O germe da gonorréia e outras como o estafilococo. O estreptococo ou o colibacilo.





Quais os sintomas da prostatite?
Febre, dor nos quadris, micção frequente e dolorosa, urina sanguino­lenta e purulenta.

Qual o tratamento para as prostatites agudas?
a) Repouso;
b) administração do antibiótico apropriado;
c) líquidos à vontade;
d) evitar bebidas alcoólicas c comidas condimentadas;
e) sedativos para aliviar a tensão e a dor;
f) nos casos crônicos, massagem suave e repetida da glândula;
g) banhos quentes de imersão.

À cirurgia é necessária no tratamento das prostatites?
Só quando há a formação de um abscesso.

O que é prostatite crônica?
Infecção persistente, de baixo grau, que se manifesta por dor nas costas, distúrbios urinários e sexuais e às vezes corrimento matinal da uretra.

Qual o tratamento para as infecções crônicas da próstata?
a) Uso de antibióticos;
b) massagem retal, leve e contínua da glândula;
c) banhos quentes;
d) diatermia retal.

A prostatite é curável?
Sim, mas as infecções mais recalcitrantes e crônicas tendem a rein­cidir esporadicamente.

AUMENTO BENIGNO DA PRÓSTATA
(Prostatismo)

O que é aumento benigno da próstata?
É o que ocorre quando a glândula se avoluma lentamente, por um período de anos. Esses casos são benignos.

É natural que todos os homens apresentem hipertrofia da próstata na velhice?
A partir dos 40/45 anos de idade, quase todos os homens apresen­tam um aumento progressivo da próstata.

Todos os pacientes apresentarão sintomas de aumento da próstata?
Não. Deve-se lembrar que o aumento da próstata faz parte do pro­cesso natural de envelhecimento.

Como se sabe quando o aumento da próstata requer auxílio médico?
Quando prejudica a micção normal.

Por que o prostatismo prejudica a micção?
Porque pressiona a abertura da bexiga.

Qual o resultado final do prostatismo?
Pode provocar uma retenção urinária aguda.

Existe alguma relação entre a intensidade da atividade sexual e o au­mento da próstata?
Não.

Todos os homens que apresentam aumento da próstata precisam ser operados?
Somente l em cada 5 homens apresentará sintomas. Desses, ape­nas l, em cada 4, necessitará de cirurgia.

Existe algum tratamento clínico satisfatório para o prostatismo?
O tratamento hormonal, aconselhado por alguns médicos, e a mas­sagem da glândula podem aliviar os sintomas mas não reduzem o tamanho da próstata. Se houver uma infecção associada ao pros­tatismo, seu tratamento poderá mascarar a sintomatologia.

Quais os sintomas mais comuns de aumento da próstata?
a) Micção frequente durante o dia;
b) necessidade de urinar várias vezes durante a noite (noctúria);
c) demora no início da micção;
d) diminuição do tamanho e da força do jato da urina;
e) sensação de queimadura ao urinar;
f) retenção urinária aguda;
g) urina sanguinolenta.
Quanto mais acentuado o prostatismo, maior a obstrução e mais agudos os sintomas.

Qual o efeito do prostatismo na bexiga e nos rins?
Qualquer obstrução, como a provocada pelo prostatismo, força a bexiga a trabalhar mais para expelir a urina. Em consequência, a parede da bexiga se torna espessa, musculosa e pesada. Em alguns casos, a bexiga é incapaz de se esvaziar completamente quando o paciente urina. Essa urina residual, avolumando-se, pode causar uma pressão anormal no ureter em direção ao rim. A dilatação do ureter prejudica a função renal e o estado geral do paciente. Isso pode acarretar parada renal completa, resultando em uremia e morte.

Quais as consequências de um esvaziamento incompleto da bexiga?
Estagnação da urina, provocando uma infecção que se estende aos rins pelo ureter. A estagnação prolongada da urina propicia a for­mação de pedras na bexiga. A pressão e o funcionamento acelerado da parede da bexiga podem causar divertículos, que são formações saculares da parede da bexiga e contêm urina estagnada e facilitam o aparecimento de pedras.

Quais as operações indicadas para o prostatismo?
a) Prostatectomia suprapúbica, na qual a incisão é feita na linha média do abdome inferior e a bexiga é aberta. A próstata é re­movida, pela abertura da bexiga, em um ou dois estágios. Um cateter é colocado na bexiga por vários dias e, quando retirado,
o fluxo urinário corre normalmente pela uretra;
b) prostatectomia retropúbica, na qual a incisão é feita no abdome inferior, acima da próstata, que é removida sem abrir a bexiga;
c) prostatectomia perineal, na qual o corte é feito no períneo (espa­ço entre o escroto e o reto). A próstata é removida por essa incisão;
d) resseção transuretral da próstata. Essa é urna técnica pela qual parte da porção obliterante da próstata é cauterizada com um termocautério passado através de um cistoscópio. Nesse caso, não há necessidade de nenhuma incisão.

O que determina qual o procedimento a ser seguido?
a) O tamanho da próstata;
b) a presença de pedras ou infecção na bexiga;
c) a existência de divertículos;
d) o grau de comprometimento da função renal;
e) o estado geral do paciente.

Qual desses procedimentos é preferível na remoção da próstata?
Cada um deles tem suas indicações específicas, dependendo do caso.

O que significa operação da próstata em 2 tempos ou estágios?
Em alguns casos, devido ao estado geral do paciente, disfunção re­nal, infecção, pedras ou doenças associadas como doença cardíaca ou pressão alta, a remoção imediata da próstata é muito arriscada.







Quan­do surge qualquer um desses agravantes, é necessária uma drena­gem urinária preliminar que é o chamado 1.° estágio da operação (cistotomia). A bexiga é aberta cirurgicamente e se esvazia na pa­rede abdominal. Depois de um intervalo apropriado, quando a fun­ção renal se normaliza, a infecção é debelada e as pedras, retira­das, a próstata é removida. Esse é o 2.° estágio da operação.

A próstata é totalmente removida quando se íaz uma prostatectomia?
Parte do tecido prostático normal é deixado.

O que é cistotomia?
É a l.a fase da prostatectomia de 2 estágios, na qual um cateter é colocado na bexiga através de uma incisão abdominal.

Pode ser necessária uma cirurgia de emergência da próstata?
Sim, se houver uma retenção urinária aguda, secundária ao prostatismo.

De quanto tempo é o intervalo entre os 2 estágios da operação?
Pode variar de uma semana a um período de tempo indeterminado, dependendo da melhora do estado geral do paciente.

A operação da próstata é séria?
Sim, mas a moderna técnica cirúrgica e os antibióticos obtêm, na grande maioria dos casos, uma recuperação segura e satisfatória.

Depois de removida, a próstata ainda pode aumentar e causar obstru­ção urinária?
Não, se a remoção foi completa. Isso pode acontecer, no entanto, depois de prostatectomia parcial ou da resseção transuretral pelo cistoscópio.

CÂNCER DA PRÓSTATA

O câncer da próstata é comum?
Acredita-se que entre 10 a 20% dos homens de 50 anos de idade contraem câncer da próstata e o índice aumenta depois dessa idade, de modo que todos os homens de 90 anos têm tecidos prostáticos que podem ser taxados de malignos. A atividade é lenta e esses homens normalmente morrem de outra causa.

Em que idade o câncer da próstata ocorre mais frequentemente?
Entre os 60 e 80 anos.

Quais os sinais precoces do câncer da próstata?
O câncer da próstata não apresenta sintomas a não ser nos estados avançados da doença. Por isso, a única maneira de se detectar o câncer inicial do tecido prostático é o exame da próstata em inter­valos regulares. É importante que os homens de mais de 50 anos sejam examinados anualmente.

Como se faz um diagnóstico de certeza de câncer da próstata?
a) O câncer da próstata é mais firme e irregular ao toque no exame retal do que o aumento benigno da próstata;
b) por uma biópsia da próstata, feita através de uma agulha de biópsia inserida pelo reto. O material colhido é submetido a exa­me microscópico.







Todos os casos de câncer da próstata apresentam sintomas?
Em muitos pacientes, o tumor permanece inativo por um período in­definido, sem sintomatologia ou metástases.

Existe algum tratamento clínico para o câncer da próstata?
O crescimento do tumor, em alguns casos, é retardado pela supres­são da secreção do hormônio masculino provocada pela administra­ção de doses maciças de hormônio sexual feminino.

O aumento benigno da próstata pode se tornar canceroso?
Essa transição é extremamente rara.

Por quanto tempo o hormônio sexual feminino retarda a evolução do câncer da próstata?
Ainda que esse tratamento não cure, pode inibir o crescimento can­ceroso e prolongar a vida por muitos anos.

A radioterapia ajuda no tratamento do câncer da próstata?
Somente na medida em que alivia a dor. Ela não cura a doença.

Existe alguma substância radiativa que ajude o tratamento do câncer da próstata?
Sim. Uma injeção de ouro radiativo na próstata tem dado bons re­sultados. Mas esse método ainda está nos primeiros estágios de desenvolvimento.

Qual o tratamento cirúrgico para o câncer da próstata?
a) Nos casos iniciais, o tratamento é a remoção total da próstata (prostatectomia radical);
b) nos estágios mais avançados, os testículos também são retirados;
c) a remoção cirúrgica das ad-renais ou da hipófise também pode retardar o ritmo de crescimento do câncer mais avançado da próstata. Estes, contudo, são procedimentos drásticos, usados apenas em último caso.

As operações para a remoção da próstata provocam a impotência?
Só a prostatectomia radical, que é realizada nos casos de câncer. A prostatectomia comum não causa a impotência.

A operação da próstata pode resultar na inabilidade de controlar a mic­ção (incontinência urinária)?
A perda temporária do controle sempre ocorre depois de uma cirur­gia extensa da próstata. Contudo, isso desaparecerá dentro de al­gumas semanas ou meses, na grande maioria dos casos.

A incontinência urinária ocorre depois da prostatectomia parcial?
Muito raramente c, quando ocorre, dura só algumas semanas.

Quanto tempo de hospitalização é necessário depois de uma operação da próstata?
Para a operação de l estágio, de 12 a 14 dias. A de 2 estágios exige 3 ou 4 semanas de internação.

As operações da próstata requerem transfusões de sangue?
Sim, apesar das hemorragias serem relativamente raras.

De quanto tempo é o período de convalescença nas operações da prós­tata?
De 4 a 5 semanas.

O prostatismo pode ocorrer depois da remoção da próstata?
Quando a próstata não foi completamente removida, pode haver um novo crescimento do tecido. Isso é tratado com mais uma operação, que remove outra porção da próstata.

Pode haver formação de pedras na próstata?
Sim, isso é comum, especialmente nas próstatas que permaneceram infectadas por muitos anos.

Qual o tratamento para as pedras da próstata?
As pedras só são removidas quando acompanhadas de sintomas co­mo o aumento da glândula.

Qual o tipo de anestesia usada numa operação da próstata?
Depende do estado geral do paciente. Pode ser feita uma anestesia raquidiana baixa, ou uma anestesia geral.

É procedimento comum ligar os vasos deferentes que saem dos testí­culos, quando se faz uma prostatectomia?
Sim, como medida preliminar para evitar inflamação do epidídimo, uma estrutura adjacente ao testículo.

Como a urina é expelida depois de uma prostatectomia?
Se, foi feita uma prostatectomia suprapúbica, coloca-se uma sonda da bexiga até a incisão do abdome. No caso de uma prostatectomia retropúbica ou de uma resseção transuretral, o cateter é colocado na uretra para drenar a urina.

Qual o intervalo de tempo antes de recomeçar a micção normal?
Depois de uma prostatectomia suprapúbica, aproximadamente 2 se­manas; depois de uma prostatectomia retropúbica, cerca de l sema­na; depois de uma resseção
transuretral, de 5 a 7 dias.








Ao contrário do aparelho feminino, tem a capacidade de armazenar células sexuais, constituindo um verdadeiro "reservatório de vida”.






 
Tanto no aparelho genital masculino como no feminino existem glândulas especializadas, que produzem as células sexuais espermatozóides, no homem, e óvulos, na mulher e que segregam os hormônios responsáveis pelas características sexuais.

O homem é fértil durante toda a sua vida sexual ativa. A mulher, ao contrário, apresenta períodos cíclicos de fertilidade. Tal diferen­ça se deve ao fato de que o homem é capaz de armazenar os espermatozóides, enquanto a mulher não pode fazê-lo com os óvulos.

Estes, quando não fecundados, são eliminados depois de cada ci­clo, com a menstruação. Na união sexual — no que diz respeito à reprodução — cabe ao homem a parte ativa, uma vez que ê o órgão masculino que injeta os espermatozóides no interior do apa­relho feminino. E são os espermatozóides que avançam pelas trom­pas, em busca dos óvulos.

O aparelho genital masculino é mecanicamente simples. Trata-se de um equipamento produtor de células sexuais e do meio semilí­quido pelo qual elas se encaminham para o exterior. Algumas tubu­lações que terminam no órgão ejetor — o pênis — completam o aparelho.

Contudo, o funcionamento do sistema exige um delicado equilí­brio de diferentes estímulos nervosos c de glândulas de secreção interna. Normalmente, os órgãos genitais do homem produzem ininterruptamente as células sexuais. O homem tem apenas um período de fertilidade, que se inicia com a adolescência e, às vezes, só termina em idade muito avançada. A literatura médica registra casos de homens que se mantiveram aptos para a reprodução até com mais de noventa anos de idade. Mas é preciso não confundir fertilidade com potência. Fertilidade é a capacidade de iniciar o processo de formação de um novo ser, pelo ato sexual. O termo potência indica tão-somente a capacidade de realização do ato se­xual, seja fértil ou não. A potência envolve basicamente a ereção do pênis, somada à emissão de espermatozóides, sob estímulo se­xual. A fertilidade refere-se à capacidade de o espermatozóide che­gar ao óvulo e fecundá-lo.

TESTÍCULOS E VIAS ESPERMÁTICAS — O aparelho genital masculino é formado, basicamente, pelos testículos, que são as glândulas sexuais, e por uma rede de tubos, chamados vias espermáticas. Com aproximadamente 5 centímetros de comprimento, os testículos são formações ovóides que se alojam no interior de uma bolsa ou escroto, situada entre as coxas. São, portanto, as únicas glândulas endócrinas (de secreção interna) localizadas fora do cor­po. Os testículos iniciam suas atividades por volta dos dez ou onze anos produzindo o hormônio testosterona que é responsável pelo desenvolvimento das características masculinas corporais. No fim da pu­berdade, os testículos começam a desempenhar nova função: a pro­dução dos espermatozóides.

As vias espermáticas iniciam-se nos próprios testículos, forman­do uma extensa rede de condutos de calibre muito variável, que termina na uretra. Esta, que tem a sua maior porção no interior do pênis, constitui o canal de paredes contrateis que comunica a bexiga com o exterior. A uretra tem duas funções distintas: serve de conduto excretor para urina e esperma e para a mistura dos espermatozóides com líquidos segregados por glândulas do apare­lho reprodutor.

Entre os testículos e a uretra, as vias espermáticas são constituí­das por diferentes estruturas, como os epidídimos, os canais defe­rentes e o dueto ejaculador.
Os epidídimos constituem estruturas genitais independentes e fo­ram comparados pelos anatomistas a um pequeno verme, no qual se distinguem cabeça, corpo e cauda. A cabeça, que recobre o pólo superior do testículo, é formada por um aglomerado de minúsculos canais que saem dos testículos, enrolados corno novelos compactos.

O corpo do epidídimo é atravessado por um canal sinuoso, ao qual confluem os canais localizados na cabeça. Na cauda do epidídimo, esse canal sofre modificações e prossegue transformado no canal deferente.É no ponto dessa transformação que se localiza o reservatório de espermatozóides.

Os canais deferentes são a parte mais extensa das vias espermáticas. De cada um dos dois epidídimos, emerge um canal deferente, que penetra na cavidade abdominal, fazendo a conexão com os ór­gãos externos ou com o dueto ejaculador, que é uma estrutura intra-abdominal. A passagem do interior para O exterior é feita atra­vés do canal inguinal, uma espécie de túnel existente nas virilhas. Na porção inicial dos canais deferentes estão situados os chamados cordões espermáticos, formados pelos vasos deferentes, vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.

Denomina-se dueto ejaculador um tubo que nasce na confluên­cia dos excretores das vesículas seminais com os canais deferentes. Tal denominação é imprópria, pois essa estrutura não participa da ejaculação. Outros mecanismos intervêm, como, por exemplo, a contração da musculatura das vias espermáticas inferiores. Na par­te final dos canais deferentes, os espermatozóides são embebidos na secreção das vesículas seminais e, na uretra, misturam-se à se­creção da próstata. Daí para diante, a ejaculação é auxiliada pela contração de vários músculos dos órgãos genitais.










3. Corte frontal do pênis e da bolsa escrotal. Estão em evidência os testículos, envoltos por verias membranas. Em cinza, os cordões espermáticos, que penetram no abdome através do canal inguinal, localizado na virilha. No pênis estão representados os dois corpos cavernosos e o corpo esponjoso, estruturas responsáveis pela ereção.

 4. Corte longitudinal do testículo. Observam-se os lóbulos, nos quais estão contidos os túbulos seminíferos. (Saindo do testículo, os túbulos formam a rete testis e, em seguida, originam doze pequenos condutos que não estão todos representados, por motivo de clareza). Estes se unem no canal do epidídimo, que se prolonga no canal deferente.



O dueto ejaculador, pequeno segmento das vias espermáticas, passa pelo interior da próstata, que é uma das glândulas anexas do aparelho reprodutor masculino, e liga-se à uretra, na porção desta que atravessa a próstata.

AS GLÂNDULAS EXÓCRINAS — Algumas glândulas do apare­lho genital masculino têm secreção externa: são as vesículas semi­nais, a próstata e as glândulas bulburetrais, localizadas no interior da bacia. As vesículas seminais são dois sacos musculares alongados, com mais ou menos 7 centímetros de comprimento, que consti­tuem prolongamentos ou desvios de circuito fechado dos canais deferentes. Segregam um líquido viscoso, amarelado e alcalino, que constitui a maior parte do esperma ejaculado.

Apesar de se reconhe­cer que sua função não é a de armazenar o esperma, eventualmente pode ocorrer a retenção de uma pequena quantidade de células se­xuais cm seu interior. Esse fato explicaria a razão pela qual o coito interrompido — um dos métodos anticoncepcionais — falha com tanta frequência. Como o liquido das vesículas seminais forma uma secreção inicial, anterior à ejaculação, os espermatozóides seriam veiculados por ele, antes da interrupção do coito.

A próstata é uma glândula mais conhecida pelos problemas que acarreta — sobretudo na velhice — do que por suas funções nor­mais. Tem a forma e o tamanho aproximados de uma castanha e se localiza cm torno da uretra, logo depois que esta sai da bexiga. Essa localização é responsável pelos problemas que, às vezes, a glândula acarreta. Um distúrbio relativamente frequente em ho­mens de meia-idade c o aumento de volume da próstata, que pode determinar obstrução da uretra. O fluxo da urina fica parcialmente interrompido, as micções tornam-se difíceis c demoradas e, na maioria dos casos, a eliminação normal do líquido só é conseguida com a retirada cirúrgica de grande parte da glândula.

A secreção prostática é formada por um líquido ligeiramente áci­do, de aspecto leitoso, que dá ao esperma seu odor característico. A próstata pode ser afetada por processos infecciosos, que são lo­calizados e -identificados com a colheita da secreção da glândula. Esta é examinada diretamente ao microscópio ou mediante cultura em meios especiais, que provocam a multiplicação dos agentes in­fecciosos, facilitando assim sua identificação.

O meio de acesso mais prático ã próstata é o reto, uma vez que a glândula se localiza logo adiante deste. Assim, pelo toque retal, o médico pode efetuar facilmente o reconhecimento do estado da próstata. Durante o toque retal o urologista espreme a glândula, fazendo sair sua secreção através da uretra. O toque retal constitui hoje uma medida rotineira nos exames urológicos de indivíduos com mais de quarenta anos, como precaução para detectar possí­veis complicações.
As glândulas bulburetrais, localizadas na extremidade do bulbo da uretra, são estruturas vasculares, do tamanho de uma ervilha, Segregam um produto mucoso, em pequena quantidade, provavel­mente para lubrificar a uretra, facilitando o acesso dos espermatozóides. A secreção ocorre geralmente por estímulos eróticos, mo­mentos antes da ejaculação.

O ÓRGÃO DE CONTATO — O pênis, órgão masculino de contato na união sexual, constitui-se de três estruturas fundamentais, de formato cilíndrico e de tecido altamente elástico. Duas delas são os chamados corpos cavernosos; a terceira é o corpo esponjo­so, que envolve a uretra. É o pênis que deposita o esperma no inte­rior da vagina. E para desempenhar suas funções, apresenta uma característica muito especial: suas dimensões variam muito, osci­lando desde aproximadamente 7 centímetros ale O dobro desse comprimento, quando em ereção. E seu diâmetro, por sua vez, tam­bém se torna duas vezes maior. Esse aumento do órgão c determinado pelo ingresso de sangue, que preenche os corpos cavernosos e o corpo esponjoso.

O corpo esponjoso, cilindro vascularizado que envolve a uretra peniana, fornia a glande — porção dilatada que constitui a cabeça do pênis. A glande é envolvida por uma prega de pele, chamada prepúcio. Essa pele ê retrátil, permitindo a exposição da extremida­de do órgão, quando este estiver ereto.

Por dentro do prepúcio existem glândulas sebáceas modificadas, que produzem uma secreção chamada esmegma. Nos casos em que o prepúcio é muito fechado e não permite a exteriorização da glan­de (fimose), pode ocorrer o acúmulo de esmegma, o que provoca irritações c inflamações dolorosas, que, por sua vez, podem ser a causa de câncer local.


A CIRURGIA DA PRÓSTATA

A extração completa dessa glândula é efetuada nos casos de câncer, para garantir a remoção de iodo o tecido tumoral.


Covilard, um cirurgião francês, executou a primeira operação de próstata registrada na história da medicina. Em 1639, ele ex traiu a próstata alterada de um paciente, através de uma incisão permeai. Mais de trezentos anos depois dessa operação pioneira, a cirurgia da próstata continua a ser objeto de constantes inovações. Com frequência, novas aquisições técnicas são propostas a fim de garantir melhores resultados.

Geralmente utilizada nos portadores de hipertrofia benigna da próstata, tal cirurgia é uma das interven­ções mais comuns em urologia.

TERMO IMPRÓPRIO — Prostatectomia é o termo emprega­do pelos urologistas para designar a operação em que são retira­das as porções anormalmente crescidas nos casos de hipertrofia benigna da próstata. Na realidade, nessa operação não se faz a re­tirada da próstata, como o termo técnico leva a supor. Na cirurgia da próstata hipertrofiada, a intervenção limita-se à remoção das glândulas localizadas junto à uretra, cujo crescimento anormal de termina o aumento de volume do órgão. As fibras musculares, o tecido conjuntivo fibroso e as glândulas prostáticas, que constituem o "miolo” da próstata, não são removidos, por não estarem alterados. Comprimidos na periferia, permanecem aderidos à cáp­sula fibrosa que envolve toda a glândula.

Apesar da impropriedade, o termo prostatectomia continua a ser utilizado universalmente na denominação dessa cirurgia. Ge­ralmente indicada para a correção da hipertrofia benigna da prós­tata, também é efetuada nos casos de câncer nessa glândula do aparelho genital masculino. É quando a retirada completa da próstata, necessária para a remoção de todo o tecida tumoral, é real­mente uma prostatectomia.

A localização estratégica da próstata, entre a bexiga e o reto, co­loca o cirurgião diante de numerosos problemas anatômicos- Á di­ficuldade é bem evidenciada pela existência de nove diferentes vias cirúrgicas de acesso. Todas foram submetidas a incontáveis modi­ficações e combinações, ao mesmo tempo em que algumas foram rele­gadas ao esquecimento para, posteriormente, retornarem à tona. Atualmente, quatro vias básicas são utilizadas: duas abdominais, uma transuretral e outra perineal.

Nas operações abdominais, o urologista alcança a próstata pe­netrando na bacia, logo acima do osso púbis — cintura óssea que delimita inferiormente o abdome. Numa das modalidades de cirur­gia abdominal, a bexiga é aberta para permitir o acesso à próstata através de seu interior.


 
A via transuretral é a única que dispensa incisão cirúrgica na pe­le: a próstata é removida através de um aparelho especial introduzido pela uretra, o canal do pênis que veicula urina e esperma para a exterior. O aparelho consta de um bisturi elétrico adaptado a um cistoscópio, instrumento óptico dotado de iluminação própria e uti­lizado no exame visual do interior da bexiga. A cirurgia, denomi­nada ressecção endoscópica da próstata e portanto, totalmente realizada "pelo canal da urina". Por fim, a via perineal é reserva­da, geralmente, aos casos em que há necessidade de extrair toda a glândula e suas formações vizinhas.

A hipertrofia benigna da próstata quase sempre ocorre; após os 40 anos. O aumento de volume da glândula pode determinar a obstrução da uretra e a alteração aparece na maioria das vezes em homens idosos, portadores de outros distúrbios. Diabete, hiperten­são arterial e arteriosclerose são alguns deles. Apesar desses fala­res agravantes, os modernos métodos cirúrgicos e a utilização da anestesia raquidiana possibilitam intervenções sem grandes riscos. Não é incomum que pacientes com mais de 80 anos sejam subme­tidos à prostatectomia sem maiores problemas.



A HIPERTROFIA BENIGNA DA PRÓSTATA
O crescimento dessa glândula do aparelho genital masculino prejudica a micção e provoca alterações na bexiga e nos tecidos renais.

1. Abaixo (à esquerda), corte da bexiga onde se destacam a próstata e a parte da uretra normalmente comprimida pela próstata. Em A, B, C, D e E, representação das complicações da hipertrofia prostática, em decorrência da obstrução do colo vesical. A) Retenção completa da urina. B) Cistite, na qual a parede interna da bexiga aparece inflamada. C) Cálculos renais. D) Hidronefrose, com dilatação da pelve renal,
E) Hematúria: sedimentos urinários, contendo cristais de fosfato de cálcio, glóbulos vermelhos e brancos e células epiteliais da bexiga.




A próstata é uma glândula anexa ao aparelho genital masculi­no, com o aspecto e o tamanho de uma castanha. É de dimensões reduzidas na infância, e na puberdade cresce rapidamente, até os 30 anos. Depois dos 45, começa a diminuir lentamente de volume. As glândulas se atrofiam e a próstata torna-se fibrosa: corno sua principal função é produzir uma secreção componente do esper­ma, nessa idade já deixa de ser necessária.

A próstata envolve uma parte da uretra (canal que liga a bexiga à extremidade do pênis); portanto, qualquer aumento de volume dessa glândula pode prejudicar a passagem da urina. Isso também pode ser causado por simples infecções locais de curta duração, com pre­juízos temporários à micção. Ao contrário, a proliferação anormal de células (hiperplasia) provoca o aumento do volume da próstata (hipertrofia prostática) deforma gradual e definitiva.

É uma das afecções mais comuns no homem, e sua natureza é benigna. Raramente aparece antes dos 30 anos, mas é responsável pelo crescimento, moderado ou mais pronunciado, da próstata de metade dos homens com mais de 50 anos. Depois dos 80, afeia 75% deles. A obstrução ocorre com mais frequência entre os 60 e 70 anos de idade, porém só 15% dos casos exigem tratamento cirúrgico. Nos demais casos, a hipertrofia é tolerável. A retirada da próstata, nos casos em que a medida se torna ne­cessária, não causa prejuízo à potência sexual, já que essa glândula tem apenas função espermática.

De fato, alguns pacientes com hipertrofia da próstata têm a libido aumentada e maiores necessidades sexuais. Outros podem apresentar ereções frequentes, mes­mo sem qualquer excitação sexual. Ocasionalmente, a potência se­xual pode diminuir, mas quase sempre essa situação já se jazia pre­sente anteriormente e é erroneamente atribuída à cirurgia.

CAUSAS IGNORADAS — As verdadeiras causas do cresci­mento prostático são muito discutidas. Acredita-se que um dese­quilíbrio hormonal durante a senectude seja um fator predisponente — mas isso não foi demonstrado. Na hiperplasia benigna da próstata não ocorre o crescimento das glândulas prostáticas, mas sim daquelas localizadas junto à uretra, as glândulas periuretrais. O crescimento delas causa o aumento de volume do órgão. As glândulas prostáticas, comprimidas, sofrem atrofia.

O crescimento da próstata pode provocar a obstrução da parte mais alta da uretra, o colo vesical. Isso causa alterações profundas na bexiga e nas vias urinárias superiores. Para que a urina seja eliminada normalmente, são necessárias duas condições: uma via adequada para escoamento; e musculatura vesical capaz de expe­lir a urina. Quando se dá um estreitamento no colo vesical, a saí­da da urina torna-se mais difícil e a bexiga reage, reforçando sua musculatura.

Na maioria das vezes, o sintoma mais precoce dessa alteração é a necessidade de urinar durante a noite. Também as micções diur­nas aumentam, com emissões fracionadas em cada vez (polaciúria). No início, o aumento da musculatura da bexiga compensa as dificuldades, e o paciente pode eliminar toda a urina. Mais tarde, isso se torna impossível, e resíduos urinários ficam acumulados na bexiga, causando alterações estruturais.

Nesse estágio, podem formar-se nas paredes da bexiga pequenos sacos, entre as traves musculares, conhecidos por divertículos, que podem conter desde alguns centímetros cúbicos de urina até vários litros. A musculatura da bexiga pode aumentar até dez vezes seu volume. À medida que a musculatura aumenta, a bexiga perde seu espaço útil, que pode reduzir-se dos 500 centímetros cúbicos até a metade dessa capacidade. Nas fases finais da doença, porém, a musculatura se torna flácida e a bexiga dilata-se muito, chegando à capacidade de 2 litros. Um sintoma frequente, nessa fase, é a in­continência urinaria. Constantemente, a pessoa elimina gotas de urina, apesar do bloqueio da próstata.

OS RINS TAMBÉM SOFREM — Não existe nenhuma rela­ção direta entre os sintomas acusados pelo paciente e o grau de aumento do volume da próstata. Esses sintomas dependem basi­camente da região da glândula que sofreu o processo de hipertro­fia e da consequente obstrução urinária causada por ela. Porém, muito mais graves do que as alterações da bexiga, devido à reten­ção urinária, são as consequências nos rins. O aumento da prósta­ta acaba por determinar a obstrução da desembocadura dos urete­res na bexiga. Em reação idêntica, a musculatura dos ureteres e da pelve (cavidade renal que se comunica com o ureter) também se hi­pertrofia, para tentar vencer o obstáculo. Após algum tempo, dá-se uma dilatação dos ureteres e pelves e, se o processo não for deli­do a tempo, originará uma hidronefrose, grave alteração em que o rim se transforma numa bolsa de urina estagnada e os tecidos re­nais morrem por compressão.



 
A BLENORRAGIA NO HOMEM

Com a descoberta dos antibióticos, essa doença parecia em vias de erradicação; nos últimos anos, porém, sua incidência vem aumentando.

O agente causador da blenorragia, ou gonorréia, é uma bactéria chamada Neisseria gonorrheae, de onde o termo gonorréia para a doença, e gonococo para o germe.
Em geral, o gonococo só encontra condições favoráveis de proli­feração no epitélio simples, como o da uretra. Mas não consegue penetrar epitélios estratificados como o da pele, nem da mucosa vaginal da mulher (mas sim na da menina). A contaminação depen­de também da sensibilidade individual ao germe. Pesquisas de­monstraram que relações mantidas por vários homens com a mes­ma mulher infectada nem sempre contaminam todos.

As manifestações da gonorréia são bem evidentes no homem e podem ser percebidas três ou quatro dias depois do contágio. Os primeiros sintomas são as sensações de prurido e ardor intenso nas bordas do orifício urinário, que se apresentam avermelhadas e inchadas. São indícios da uretrite purulenta da fase aguda.
No início, ocorre também uma secreção mucosa, clara, que logo a seguir é substituída pelo corrimento amarelo-esverdeado, com presença de pus. Essas manifestações também podem surgir cerca de dois dias após o contágio, mas há casos em que o período de incubação chega a três semanas.

A afecção da uretra se manifesta também com a dor intensa ao urinar. A febre ocorre muito raramente. O exame do muco uretral ao microscópio mostra os gonococos contidos nas células superficiais da mucosa, que são as primeiras a serem atacadas. Aias, à medida que a doença evolui, podem apare­cer no exame do muco gonococos aprisionados em outras células: os leucócitos, ou glóbulos brancos do sangue, mobilizados para a defesa contra a invasão.

COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO A evolução da ble­norragia não tratada pode conduzir a formas crônicas, que atacam, além do canal uretral, os testículos, a próstata e, mais raramente, a bexiga e os rins. Além das complicações locais, poderão surgir outras afecções em regiões distantes do aparelho genital. As mais comuns são as articulações (artrite gonocócica), principalmente as dos joelhos, tornozelos e pulsos.

A penicilina continua a ser o antibiótico de primeira escolha para tratamento de todas as infecções gonocócicas. Mas a resistência que a bactéria tem desenvolvido a esse antibiótico determina o empre­go de doses cada vez mais alias. Um motivo para não se prescindir da assistência do médico é a possibilidade de a penicilina provocar um choque anafilático, de possíveis consequências fatais.

Em geral, a uretrite cede em dois ou três dias, quando tratada com doses adequadas de penicilina. Um corrimento aquoso, porém, poderá persistir por várias semanas, mesmo depois de inteiramente eliminados os gonococos. Se o tratamento tiver sido insuficiente, os sintomas reaparecerão por volta de uma semana. Se isso ocor­rer, o mais comum é repetir o tratamento, em dose dobrada.

A prostatite, a vesiculite ou a artrite por gonococo requerem tra­tamento mais prolongado. Em casos de evolução mais avançada, poderá ser necessário o emprego da cirurgia para drenar os absces­sos nas articulações. Em outros casos, bastará a drenagem por agu­lha, com subsequente aspiração do pus.

Quando o gonococo apresenta resistência elevada ou quando o paciente for alérgico à penicilina, o médico poderá optar por outros antibióticos, alguns de via oral, como a tetraciclina e outros de largo espectros.